Brincadeira também é Arte


Na semana passada descobri mais uma coisa sobre a arte. Ela pode ser uma brincadeira, que por sinal, muito requintada. Está acontecendo no Museu de Arte de São Paulo, o MASP, uma exposição de Vik Muniz. Ele aplica várias técnicas em suas obras e torna coisas simples em peças divertidas, curiosas, lindas e sofisticadas. Quem sabe algum dia virá para o Espírito Santo.

*A imagem acima é uma das 131 obras dee Vik expostas no MASP. Monalisa desenhada com geléia e pasta de amendoim, trabalho de Vik Muniz que o Masp exibe na mostra "Vik", retrospectiva do artista brasileiro radicado em Nova York.

Trocadalhos do Carilho

Feriado prolongado sugere um passeio ou até mesmo uma viagem, certo? Certíssimo. Mas no meu caso, eu só adiei o inevitável. Se na segundafeira eu saí com a galera e curti uma praia, na terça eu fiquei o dia todo lendo e pensando nos fichamentos que tenho que fazer para entregar na sexta na aula de Comunicação Visual.

Nessas várias cópias que li, havia um estudo sobre o lado feminino e o lado masculino do cérebro. E como num fichamento é preciso delirar muito, comecei a pensar nas possibilidades que esses lados e suas características podem resultar.

O hemisfério direito do cérebro é o lado feminino e é responsável pela associação de imagens e sentimentos. Já o hemisfério esquerdo é responsável pela manipulação das palavras e abstrações, e esse é o lado masculino.

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Com essa pequena explicação eu já pude começar a tentar entender o porquê das ações dos machos de nossa espécie quando se juntam para conversar (palavras) gerando uma série de piadas sujas e machistas (abstrações).
O pior é quando essas piadas se proliferam em nosso meio (ôpaa! Ninguém vai proliferar nada no meio, não!). Pode parecer muito Casseta e Planeta ou Pânico. Mas na real, eles só continuam uma coisa que surgiu no popular.

O título desse post é apenas uma brincadeira alusiva às comunidades que existem no orkut como "Viadagem na Cozinha", "Viadagem no Jogo de Damas", "Viadagem no Boliche", "Viadagem no churrasco" e até "Viadagem na Agência Bancária". Mais fantástico do que a capacidade cerebral, é o dom do povo (principalmente o brasileiro) para criar chacota sobre alguma frase mal colocada (Uuiiiiiiii!) e que é prontamente retrucada com um outro termo bem encaixado (iihhh...). É uma praga.

O que posso dizer a mais é que é natural do ser humano. Uma outra faceta (eu disse faceta!)desse tipo de piada são as de assimilação. Essas podem ser mais leves, mas também são horríveis e paradoxalmente fazem rir muito. Claro que é chato quando alguém com o ouvido extremamente treinado para a sacanagem fica esperando o deslize mais sutil para falar uma ou outra frase carregada de duplo sentido e, para não ficar somente nas palavras, estende o polegar e o indicador meio encurvados e sacode mostrando à você que ele conseguiu fazer uma piada sobre aquilo que foi dito sem nenhuma pretenção (ou não).

Longe de mim reclamar desse life style. Isso acaba treinando o cérebro e/ou no máximo, o põe em colapso. Ou no mais top dos absurdos, te transforma num bom criador publicitário.

Mais propagandas com trocadilhos aqui.

Bagagem de Vida

Dizem que quando não se tem nada para falar é melhor ficar de boca fechada. Mas também acredito que se fico muitos dias sem postar perco os créditos e elogios que tenho recebido. Faltam 15 minutos para acabar meu ápice de ideias (de 00:00 às 02:00) e as que tive foram há alguns dias atrás e quando não tinha nem papel e nem caneta por perto, muito menos um computador. Neste momento estou assistindo ao filme X-men e parece que estou mudando meu conceito sobre ele. Antes não gostava, mas tinha isso apenas pelo que já tinha ouvido falar. Ainda acho Heroes bem mais intrigante, mas estou gostando do filme também.

Aproveitando algo que me veio à mente exatamente agora, me pergunto o porquê não havia assistido a esse filme antes. Não sei como pude formar uma opinião apenas por poucas coisas que tinha ouvido. É exatamente isso que está pensando. Tente entender aquela pessoa que acabou de conhecer. Experimente passar uma tarde inteira jogando Winning Eleven no playstation com seu irmão bobão. Experimente comer uma torta de Jiló (falo sério, eu gostei...hehe).

Tente encarar o que você faz cara feia quando ouve falar. É claro, com bom senso. Faz parte de sua experiência de vida na qual você irá precisar para ensinar como lição a quem passa por aquilo que você já passou e sem contar que te ajudará a ser (mais) criativo ao enfrentar novas situações à frente.

Para finalizar, digo que estou lendo o livro "CRIAÇÃO SEM PISTOLÃO" - vide dica de leitura atual ao lado - que começa com uma frase muito interessante e pela qual me identifiquei logo de cara. A frase diz o seguinte:


"Este livro começa na página 101.
Porque metade do necessário para se trabalhar em criação
você já tem: a vida que você levou.
Dizem que a máquina vai substituir o homem.
Mas nunca um criador publicitário.
Afinal, uma máquina não recebeu um presente chato da tia,
não teve frieira no pé, não ficou excitado de sunga, nunca teve
vergonha do peito pequeno. Uma máquina não vive.
E a vida é a matéria-prima da propaganda."
A palavra-chave é: experiência. Delas, um dia iremos: rir, nos orgulhar, nos emocionar, nos envergonhar e advertir a alguém para não fazer igual.
Das melhores, nós com certeza iremos sentir muitas saudades.

Entre o normal e o absurdo

Hoje não foi um dia normal. Dormi mal as 4 horas que tive para descansar. Mas com um pique de calouro animado, levantei às AM 05:30 e saí de casa às AM 06:00 para realizar uma prova teórica no detran. Por volta das AM 08:30 segui meu caminho natural nos dias de sexta-feira, que é passar o dia todo na UFES. Após ter aulas até às AM 18:00 ainda fui conversar com meus amigos de cursinho e só mais tarde fui embora e cheguei em casa por volta de AM 21:00. Como de costume, liguei a tv no telejornal e eis que vejo aquele senhor com ar jovial responsável por frases que nunca antes na história deste país ganharam tanto destaque na mídia.
O presidente do Brasil, Excelentíssimo Senhor "Lulão", que está em Londres, foi em defesa do Rio de Janeiro como sede dos jogos olímpicos de 2016. Dentre as vantagens argumentadas pelo presidente, disse que o Brasil não possui atentados terroristas como em muitos lugares do mundo e completou dizendo "há um coflito entre traficantes mas é normal num país que está saindo da pobreza" (versão com palavras aproximadas).

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Eu tenho o sonho de um dia assistir aos Jogos Olímpicos. Porquê? Ah, porque não é tão normal quanto ir à escola, ver um filme com os amigos ou comer arroz e feijão. Estas coisas talvez sejam normais para mim e você, mas não é à todos. Comum deveria ser todas as crianças indo para a escola regularmente, comer todos os dias. Penso ser algo sem sentido dizer que é normal para o Brasil que traficantes armados poderosamente tomem conta de mais do que morros, que tomem conta de vidas presas ao vício devorador da droga. Isso é tratado como um problema. A melhor expressão para rotular a situação brasileira nesse aspecto não seria exatamente algo que lembre a normalidade. Me lembro de muitos projetos do atual governo que tentam tratar aqueles que serão os responsáveis por não continuar esse comércio ilícito: as crianças e adolescentes. Esses projetos se tornaram verdadeiros movimentos pela vida. Isso sim caminha para o normal. Mas não o fato de projetos lutando contra algo, mas sim preservando uma vida saudável e longe das coisas que arrastam as pessoas para a morte. É um absurdo o controle que existe nos morros principalmente do Rio de Janeiro. Entre o normal e o absurdo existe uma grande diferença. Diferença esta que todos desejamos que penda a favor de um país melhor.

(Fonte: Jornal do SBT)