Plano de voo


Durante o 1º período do curso de Comunicação Social tivemos uma matéria chamada História dos Sistemas de Comunicação no Brasil. Durante essas aulas - quando aconteciam - eu observava - quando eu ia - discussões acerca do poder da mídia, de que maneira ela age e influencia, quem são as principais cabeças responsáveis por isso etc. As influências são perceptíveis desde a repetição de um jargão dito por alguém de novela ou programa de humor na TV, até mesmo a absorção de dados como por exemplo sobre a previsão do tempo ou o reajuste no preço de algum produto. E quando eu digo mídia é abrangente para todos os meios de comunicação.

O que pode-se reparar também é que há determinadas épocas e com elas, determinadas situações para a exploração de um ou outro assunto. De uns 3 anos pra cá, vejo picos de informação excedente sobre os acidentes e incidentes aéreos. O que é de se estranhar, afinal sempre disseram que o avião é o transporte mais seguro que há. E quando junto os dados, a minha mente inclina para uma questão de ocasião e interesse. Sobre essas não irei comentar até porque carece de aprofundamento para se chegar a nomes e relações, mas é certo que grandes nomes de diferentes áreas executivas se interagem a fim de tratar dos mesmos interesses. E o produto dessa interação, que na maioria das vezes é um dejeto fétido e nauseante é lançado no afluente público, que já está poluído há muito tempo.


Assim como há acidentes de trânsito, há acidentes aéreos. Logicamente que não com a mesma frequência. Mas se já existe uma banalização com os acidentes automotivos e não existe tanta com os aéreos, é apenas por uma questão de perícia midiática que apresenta apenas o que convém. De Michael Jackson a Gripe Suína. Se há o consumo de notícias, haverá a exploração do assunto. E, se isso beneficia mais de uma parte interessada, torna-se perfeito.