Pontos de vista negativos


Nesse domingo uma triste tragédia ocorreu antes da partida de futebol pelas eliminatórias africanas da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul entre Costa do Marfim x Malawi. Com o grande número de torcedores dentro do estádio (excedendo o limite) e mais outros milhares fora dele tentando entrar, ocorreu o desabamento de um muro, o que causou a morte de 22 pessoas e mais de 134 ficaram feridas.


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O que eu quero comentar não é sobre o acidente e as falhas de segurança no estádio em Abidjan, na Costa do Marfim, pois isso diz respeito à FIFA e as comissões organizadoras do evento. O que devemos refletir, como cidadãos, é a respeito da repercusão do caso ao redor do mundo. Fico imaginando o mesmo incidente num estádio de expressão da Europa. Sim, seria diferente.

Não é simplesmente por ter sido notícia em apenas um jornal da Europa, e mesmo assim em apenas meia página, mas é por darem o mínimo de importância num acidente de tal gravidade justamente no continente que sediará um dos maiores eventos esportivos do mundo e estando a pouco mais de 1 ano para ele. A visão de que a África é um continente à parte do mundo é realçada com um acontecimento desse. Parece ganhar destaque só quando se fala em pobreza, fome, AIDS. Essa afirmação pode levantar inquietamentos e posições que a defendam como o berço dos animais selvagens, belos safaris e riquíssima atividade cultural. Quanto a isso não há dúvidas. Porém o tom de denúncia, de apelo, de solidariedade pela causa não foi vista com o ocorrido em Abidjan.

Se há ainda alguma dúvida que houve descaso com o acontecido, tente imaginar o mesmo incidente no estádio San Siro, em Milão ou até mesmo no Santiago Bernabeu, em Madrid. Com certeza seria capa dos principais jornais do mundo e todos descrevendo o fato com um tom de indignação por se tratarem de vidas que foram perdidas. Não é uma questão de esporte, interesses jornalísticos. É questão de entendermos que há diferenças clássicas entre os dois continentes citados que precisam ser derrubadas.


"Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma
nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter."

Martin Luther King

Vendo o tempo passar

Depois de uma semana inteira de estudos --ou não--, o fim de semana adentra passando antes pela sexta-feira. Logo a sexta-feira que me reserva a dedicação de praticamente todo o meu dia para a faculdade. Entre aulas e morcegamentos, me resta chegar em casa já no final do dia e me prender à rede mundial, resistindo ao cansaço até às AM 02:00 da madrugada.
Já nos primeiros momentos da manhã de sábado, por volta de AM 12:35, [meus primeiros momentos] acordo e vejo 5 chamadas perdidas no celular. Pensei logo em alguma aventura marcada sem nenhum tipo de planejamento [essas que são boas...]. Realmente, era isso. Malena me liga: "Adivinha onde estou? Estou na casa da Wenndy! Vou passar o telefone pra ela" e já nessa hora pressenti um som familiar da voz da Wenndy: "Vem pra cá, cabeção!". Dito e feito. Após juntar as moedinhas [sim: universitário ferrado e sem grana] fui para lá.
Em resumo, a tarde foi cheia de causos que fizeram lembrar dos tempos de cursinho [ano passado]. Passeando, conversando e falando muitas besteiras, pra variar, fomos à casa do Ulton. De volta à casa da Wenndy, e para marcar ainda mais o reencontro, arma-se uma grande tempestade que de toda não foi ruim porque fez com que a visita durasse bem mais. Destaque para o telefonema de Mayre curtindo o sol em Conceição da Barra [faltou ela]. Por mais banhos de mar que ela realizasse, com certeza ela iria querer ouvir a história do Zé Brasil [uahUAHuahUAHUAUha].
Quando a noite ganha o destaque e a chuva perde a força, nos resta despedir-mos dos amigos [neste caso, das amigas] e voltar para casa com as lembraças do bolo Pop Art da Suellem, da carambola inacessível, da arquitetura das casas do Expedito e pasmem: lembranças até da flertada frustada do Rex na Totó [cães de rua sem vergonha!]. Volto à realidade quando chego em casa e lembro dos livros e cópias que tenho de ler e do jingle que tenho que compor. Mas tudo isso não me impede de pensar em algum outro dia em que passaremos outras horas juntos novamente. Por hoje é só, e como dizem lá em Nanuque: "inté, povo!".

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SPINOZA


"Tenho-me esforçado para não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por entendê-las".

O Primeiro Passo


Seguindo uma linha de impulsos e inquietações, inicio mais um projeto-teste que pode durar alguns dias ou meses de intensas atividades ou simples e friamente ser esquecido no vasculhado porão do Blogspot.
Este blog é uma válvula de escape para aventuras, frustrações e pensamentos característicos do cotidiano popular visto sob um ponto de vista de um estudante universitário ferrado. Sou igual a muita gente que são diferentes de outras tantas. Somos diferentes, iguais a todo mundo.
Diferentes hábitos, lugares e rotinas. Vidas diversas que sofrem as ações e as consequências da, quem sabe, má educação ou até mesmo indiferença das pessoas ao redor. É como se cada pessoa se imaginasse ser um cidadão perfeito nem que por um momento ou outro. A história de que os nossos direitos acabam quando começam os dos outros é facilmente esquecida quando julgamos a nossa necessidade ser mais aguda que a do outro. Se ousamos denominar a sociedade no qual fazemos parte de uma terra sem leis, então que sejam dados os devidos louvores hipócritas a nós mesmos. Aclamações estas que além de massagearem nosso ego, também nos permitirá a cruel ilusão de que um dia seremos melhores.
Começa aqui um brado abafado pelos limites do interesse que cada um achará em si. Quanto ao leitor, cabe absorver -- ou não -- o que convém à ele. Quanto ao blogueiro, escrever o que considera assuntos que fazem parte do seu crescimento humano e profissional desde já deixando claro que a busca pelo cidadão perfeito infelizmente é fútil e vã.