Mas hein, cumpadi...

Eu já vi chuva de granizo
Eu já vi enchente de maré
Muié que larga o marido
E o chifrudo dizer que não é
E o homem que beija homem
Que se arrepende e chega em muié
Que fica dias atrás da sujeita
Diz que com ela, ele se endireita
Mas ela sempre diz que não quer

Já vi rico gastar tudo e ficar pobre
E o pobre achar que é rico e gastar o que não tem
E quando tem criança desbocada
Chega o adulto pra dizer o que convém
E da desgraça se alimenta a prosa
E quem ganha é a doença mais dolorida
E daí que você trabalhou o dia todo?
Eu tô inchada!
Olha o tamanho da minha barriga!

Pode ser segunda ou sexta-feira
Empurra os outros em pé e vira criado-mudo sentado
O dia do trabalhador não está completo
Se ele não entrar num buzão lotado
E o motorista parece que não tem mãe
Pisa fundo e esquece de todo mundo
A curva do Saldanha ele ignora
E o gado lá atrás que se vire
Segura firme senão mistura tudo!

4 comentários:

Unknown disse...

Achei engraçado!!! Muito bom.

Paula Pignaton disse...

haha! ahaza! ;)

Lívia Corbellari disse...

"E o pobre achar que é rico e gastar o que não tem", ja vi demais rsrsrsrsrsrs

Maycon Souza disse...

Mano isso é MUITO música!
Um MPBzinho e tanto!

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