Entre o normal e o absurdo

Hoje não foi um dia normal. Dormi mal as 4 horas que tive para descansar. Mas com um pique de calouro animado, levantei às AM 05:30 e saí de casa às AM 06:00 para realizar uma prova teórica no detran. Por volta das AM 08:30 segui meu caminho natural nos dias de sexta-feira, que é passar o dia todo na UFES. Após ter aulas até às AM 18:00 ainda fui conversar com meus amigos de cursinho e só mais tarde fui embora e cheguei em casa por volta de AM 21:00. Como de costume, liguei a tv no telejornal e eis que vejo aquele senhor com ar jovial responsável por frases que nunca antes na história deste país ganharam tanto destaque na mídia.
O presidente do Brasil, Excelentíssimo Senhor "Lulão", que está em Londres, foi em defesa do Rio de Janeiro como sede dos jogos olímpicos de 2016. Dentre as vantagens argumentadas pelo presidente, disse que o Brasil não possui atentados terroristas como em muitos lugares do mundo e completou dizendo "há um coflito entre traficantes mas é normal num país que está saindo da pobreza" (versão com palavras aproximadas).

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Eu tenho o sonho de um dia assistir aos Jogos Olímpicos. Porquê? Ah, porque não é tão normal quanto ir à escola, ver um filme com os amigos ou comer arroz e feijão. Estas coisas talvez sejam normais para mim e você, mas não é à todos. Comum deveria ser todas as crianças indo para a escola regularmente, comer todos os dias. Penso ser algo sem sentido dizer que é normal para o Brasil que traficantes armados poderosamente tomem conta de mais do que morros, que tomem conta de vidas presas ao vício devorador da droga. Isso é tratado como um problema. A melhor expressão para rotular a situação brasileira nesse aspecto não seria exatamente algo que lembre a normalidade. Me lembro de muitos projetos do atual governo que tentam tratar aqueles que serão os responsáveis por não continuar esse comércio ilícito: as crianças e adolescentes. Esses projetos se tornaram verdadeiros movimentos pela vida. Isso sim caminha para o normal. Mas não o fato de projetos lutando contra algo, mas sim preservando uma vida saudável e longe das coisas que arrastam as pessoas para a morte. É um absurdo o controle que existe nos morros principalmente do Rio de Janeiro. Entre o normal e o absurdo existe uma grande diferença. Diferença esta que todos desejamos que penda a favor de um país melhor.

(Fonte: Jornal do SBT)

2 comentários:

Ricardo Aiolfi disse...

indiquei seu blog para um selo =]

pega lá no meu blog =]

Ricardo Aiolfi disse...

muito bem observado.


a gente ser refém do medo não deve ser visto como algo normal.

o brasil tem um PIB gigantesco, não é um país pobre. faltam políticos e ações que possam mudar nossa realidade

uma pena =/


gosto muito de seus textos =]
sempre nos abrem os olhos para coisas que a gente parece esquecer =]

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